AS DORES QUE UM FETO SENTE: QUANTO VALE A VIDA HUMANA?
por Emanuelle    Carvalho Moura
    
As relações entre feto e dor são objetos de inúmeras pesquisas    científicas, ZENIT (07/06/2006) noticiou estudo do professor neonatologista    K.J.S. Anand, "Estudioso de renome mundial demonstra que o feto experimenta    dor", publicada oficialmente na "Pain Clinical Updates", revista da Associação    Internacional para Estudo da Dor, mundialmente a fonte mais autorizada sobre o    assunto, em que declara: "A evidência científica mostra como possível e    inclusive provável que a percepção da dor no feto comece antes do período    avançado de gestação".
Cientistas da Nova Zelândia descreveram em    "Archives of Disease in Childhood: Fetal and Neonatal Edition", através de    imagens de ultra-som, reações de fetos a pequenos barulhos: "alguns fetos de    apenas 28 semanas responderam com uma série de intensas inalações e exalações,    uma abertura da boca e um enrijecimento da língua e uma depressão do peito.    Essa atividade tipicamente acabava depois de 20 segundos com uma exalação e um    rebaixamento". Ed Mitchell observa que "você pode até ver o queixo e o lábio    superior tremerem (...) Eu não acredito que isso seja qualquer coisa a não ser    choro". (Tribuna da Imprensa, 19 de setembro de 2005, em: "Fetos choram quando    aborrecidos, diz pesquisa").
Dia 11 de maio de 2004, a agência ZENIT    realizou uma entrevista com Dr. Carlo Bellieni, "Dor comprovada do feto faz    cientistas refletirem", quando indagado se o feto sentia dor, respondeu:    "Certamente sim. Não só sente dor, mas sua percepção parece ser mais profunda    que a de uma criança maior. Sabemos disso porque faltam na vida fetal muitas    das "estratégias" que contudo se encarregam após o nascimento de não sentir a    dor". Ao alertar sobre a dignidade humana do feto, Bellieni declara: "Os    neonatólogos modernos têm o privilégio de atender os fetos. Temo-los entre as    mãos: às vezes, têm o peso de uma maçã: alguns são pouco maiores que uma mão.    Nasceram prematuramente e durante meses deverão permanecer em sofisticadas    incubadoras, atendidos e controlados 24 horas ao dia com instrumentos de alta    tecnologia. E a nenhum se põe em dúvida que sejam nossos pacientes, que sejam    pessoas. Às vezes, são tão pequenos que nossos esforços são inúteis. Morrem. E    nós só podemos, junto aos pais, batizá-los. E todos demonstram uma vitalidade    inesperada pela idade e as dimensões. Hoje sabemos que o feto dentro do útero    materno percebe odores e sabores. Ouve os sons. Recorda-os depois do    nascimento. Desde logo sabemos que o feto, desde as 30 semanas de gestação, é    capaz de sonhar. Todas estas características permitem apreciar as dimensões    humanas. Este paciente, nos últimos anos, foi objeto de investigação para    garantir a saúde desde o útero materno".
A prática do aborto,    regularizada em vários países, faz com que o número de fetos mortos sejam uma    das maiores causas de mortalidade humana, mais do que epidemias ou guerras. Em    10 de maio de 2006 um informe sob o título: "En Europa se realiza un aborto a    cada treinta segundos", constata : "cada vez nascem menos crianças e ainda se    produz milhares de abortos que se convertem, junto ao câncer, na principal    causa de morte na Europa" .
A legalização do aborto gera para as    empresas que lidam com esse "negócio", lucros imensos, em 28 de junho de 2006,    a ACI noticiou "Transnacional abortista arrecada quase 900 milhões de dólares    por ano": "Depois de uma inexplicável demora de sete meses, a Planned    Parenthood Federation of America (PPFA), a maior organização abortista do    mundo, emitiu seu relatório financeiro do período julho de 2004 - junho de    2005, no qual mostra que sua arrecadação total chega a quase 900 milhões de    dólares. (...) O relatório também apresenta a alarmante cifra de abortos    realizados por esta organização: 255 mil e 15, que geraram 108 milhões de    dólares. O relatório evita referir-se à quantidade de falecidas em sua clínica    como conseqüências dos abortos praticados". 
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      Transnacional abortista arrecada
quase 900    milhões de dólares por ano
   WASHINGTON DC, 28 Jun. 06 / 12:00 am (ACI).- Depois de uma inexplicável demora de sete    meses, a Planned Parenthood Federation of America (PPFA), a maior    organização abortista do mundo, emitiu seu relatório financeiro    do período julho de 2004 - junho de 2005, no qual mostra que sua arrecadação    total chega a quase 900 milhões de dólares. Os ingressos desta    organização transnacional provêm de diversas fontes. De suas clínicas    abortistas recebem quase 347 milhões de dólares, os empréstimos do Governo    sobem para 272,8 milhões, as contribuições privadas chegam a quase 216    milhões, o Instituto Gutmacher contribui com mais de seis milhões e em outros    ganhos a transnacional abortista recebe 40 milhões de dólares; o que faz um    grande total de 882 milhões de dólares. 
   Dentro das despesas, a PPFA destina mais de 500 milhões de dólares ao que    chamam "atenção médica", enquanto que para a administração utiliza quase 100    milhões. depois de todos seus gastos, esta organização obteve um ganho    líquido de 63 milhões de dólares.
   O retório também apresenta a alarmante cifra de abortos realizados    por esta organização: 255 mil e 15, que geraram 108 milhões de dólares.    O relatório evita referir-se à quantidade de falecidas em sua clínica como    conseqüências dos abortos praticados. 
   Na área da educação sexual, em que apesar da PPFA ter gasto 45,4 milhões de    dólares, o número de pessoas que assistiu a seus programas diminuiu em 200 mil    pessoas em comparação com o ano anterior.
   O relatório também mostra que as lucros do período junho 2004 - julho 2005    chegam a 63 milhões de dólares, o que faz com que a PPFA chegue a 649,6    milhões de dólares em lucros desde 1987. Seu ativos totais chegaram assim a    784,1 milhões de dólares com um montante efetivo de 478,7 milhões. 
   O relatório completo pode ser baixado em formato PDF no seguinte endereço:    http://www.plannedparenthood.org/pp2/portal/files/portal/aboutus/whoweare/report-05.pdf    
   A American Life League explica que pode escrever às autoridades    governamentais dos Estados Unidos para que deixem de dar dinheiro dos    impostos a PPFA, preenchendo o formulário (em inglês) no seguinte    endereço: http://www.StopPlannedParenthoodTaxFunding.com        ________________________________________________________________________
    
   Além dos lucros que essas empresas obtêm, depois da legalização da    prática abortiva, existe um comércio clandestino de tráficos de órgãos e    partes do corpo de bebês abortados, como Andrew Goliszek, PhD em Biologia e    Fisiologia pela Universidade Estadual do Utah, denunciou nos Estados Unidos    através do livro: "In the Name of the Science", publicado em português pela    Ediouro, sob o nome "Cobaias Humanas: a historia secreta do sofrimento    provocado em nome da Ciência", revelando que um único bebê poderia render até    14 mil dólares, separado e vendido em peças, para diversas indústrias de    pesquisas científicas:
"Amostra Não-Processada (> 8 semanas) - US$    70
Amostra Não-Processada (<> 8 semanas) - 30% de desconto, se significativamente    fragmentados - US$ 125
Baços (<> 8    semanas) - US$ 50
Pâncreas (<> 8    semanas) - US$ 75
Timo (<> 8 semanas)    - US$ 75
Intestinos e Mesentérios - US$ 50
Mesentério (<> 8 semanas) - US$ 100
Rim (<> 8 semanas) com / sem adrenal - US$    100
Membros (pelo menos 2) - US$ 125
Cérebro (<> 8    semanas) - 30% de desconto, se significativamente fragmentados - US$    150
Hipófise (> 8 semanas) - US$ 300
Medula Óssea (<> 8 semanas) - US$ 250
Ouvidos (<> 8 semanas) - 40% de desconto para um único olho - US$    75
Olhos (<> 12 semanas) - US$ 100
Pulmões e Bloco Cardíaco - US$    150
Cadáver Embriônico Intacto (<> 8 semanas) - US$ 600
Crânio Intacto - US$    125
Tronco Intacto com / sem membros - US$ 500
Gônadas - US$    550
Sangue de Cordão
Congelamento Instantâneo em Luz - US$ 125
Coluna    Vertebral - US$ 150
Medula Espinhal - US$ 35
Preços Válidos até 31 de    dezembro de 1999"
O livro também denuncia como são dilacerados esses    bebês para que se obtenha a melhor amostra possível, uma das colheiteiras    fetais revela: "Enojada com o processo, a técnica disse que houve muitos    desses nascimentos vivos. Os médicos simplesmente quebravam seus pescoços    delgados ou matavam os fetos batendo neles com pinças de metal. Em alguns    casos, revelou a técnica, começavam uma dissecação cortando para abrir o    tórax, supondo que o bebê já estivesse morto, somente para descobrir que o    coração ainda estava batendo. Ela acrescentou que a maneira como os abortos    eram realizados tinha sido alterado, isto é, feito mais deliberadamente e    lentamente, para garantir que tirasse o bebê antes de ele morrer. Quando o    ritmo dos abortos aumentava, os bebês tirados vivos às vezes tinham suas    partes removidas antes de estarem mortos". 2 
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   2 http://www.jornalismocientifico.com.br/rev_literatura.htm    Volume 1, Número 1, Dezembro de 2004 Literatura Em nome da Ciência Cidoval    Morais de Sousa, jornalista , professor de Sociologia da Universidade de    Taubaté, Doutorando do Instituto de Geociências da Unicamp, Diretor Acadêmico    da ABJC. 
    
   Um livro que    acaba de chegar às livrarias – Cobaias Humanas , de Andrew Goliszek, um    biólogo, especialista em pesquisa biomédica e professor de biologia da    Universidade Estadual A&T, da Carolina do Norte, traz informações, até bem    pouco tempo secretas, sobre experimentos com cobaias humanas realizados nos    últimos 50 anos, nos Estados Unidos e no mundo. 
   Não dá para    fazer uma resenha neste espaço, mas, para os curiosos é importante destacar    que o autor documenta pesquisas com armas químicas, experimentos de radiação,    programas da CIA de modificação do comportamento e controle da mente, esforços    inescrupulosos de testar produtos inócuos para promover empresas, descreve a    origem sinistra de programas eugênicos, expõe a agenda dos EUA de controlar a    indústria farmacêutica e a assistência médica global e analisa os avanços na    área de engenharia genética. 
      Para cada uma    dessas investidas da ciência, o autor denuncia dezenas de experimentos, que    resultaram em mortes, mutações genéticas, amputações, aberrações sinistras, e,    com farta documentação, prova que, nem sempre, o desenvolvimento da ciência se    fez acompanhar de uma compreensão mais ética da vida e do mundo. Por traz de    cada experimento está não apenas a busca de prestígio e reconhecimento    acadêmico, mas, principalmente, a mão invisível do mercado querendo tirar    proveito das desgraças humanas 
    
Outro depoimento, da enfermeira Brenda Shafer, descreve: "Fiquei de    pé ao lado do médico e o assisti realizar o aborto de um nascimento parcial em    uma mulher que estava grávida de seis meses. O batimento cardíaco do bebê era    claramente visível na tela do ultra-som. O médico fez o parto do corpo e    braços do bebê, tudo exceto sua cabecinha. O corpo do bebê se mexia. Os    dedinhos estavam apertados. Estava chutando com os pés. O médico pegou um par    de tesouras e as inseriu no dorso da cabeça do bebê e o braço do bebê sacudiu    num recuo, uma reação de sobressalto, como um bebê faz quando acha que pode    cair. Então, o médico abriu as tesouras. Depois, introduziu o tubo de    aspiração em alta potência dentro do buraco e aspirou para fora o cérebro do    bebê. Então, o bebê estava inteiramente flácido. Nunca mais voltei à clínica.    Mas o rosto daquele menininho ainda me assombra. Era o rosto angelical mais    perfeito que já vi". 3  
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   Particularly    gruesome are the accounts in this book of experiments on children and abortion    techniques to ensure that the tissue or body parts needed from a fetus are    harvested in one piece. 
     
    
    
    
    
    
    
    
    
    
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   Há uma previsão de que esse mercado vale mais de um bilhão de dólares por    ano, muitas mulheres consentem em realizar um aborto cada vez mais tardio para    ganhar mais dinheiro com a dilaceração do próprio filho fornecido para este    mercado de carnificina.
A denúncia de Andrew Goliszek é recente e, antes,    no livro "Bebês para Queimar. A indústria de abortos na Inglaterra", os    jornalistas autônomos Michael Litchfield e Susan Kentish, no final da década    de setenta, publicaram no capítulo "Bebês para fábricas de sabão", a revelação    de um médico sobre o comércio de bebês, pois: "As pessoas que moram nas    vizinhanças da minha clínica têm se queixado do cheiro de carne humana    queimada. O cheiro sai do incinerador. Não é propriamente um cheiro agradável.    Dizem que cheira como um campo de extermínio nazista durante a última guerra.    Não sei como eles podem saber o cheiro de um campo de extermínio nazista, mas    não quero discutir o fato. Portanto, estou sempre procurando maneira de me    livrar dos fetos sem precisar queimá-los". A Lei do Aborto na Inglaterra    permite-o até as 28 semanas e exige que as clínicas queimem o feto abortado em    incineradores, logo, eles podem ter uma idade maior do que a prevista em lei    no momento do assassinato, ou mesmo serem vendidos e utilizados para fins    lucrativos, porque não há como saber quando foram trucidados, visto que    estariam supostamente queimados, o médico abortista inglês continua o seu    relato: "Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem ainda    um pouco, antes de serem eliminados. Uma manhã havia quatro deles, um ao lado    do outro, chorando como desesperados. Não tive tempo de matá-los ali na hora,    porque tinha muito o que fazer. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque    eles tinham muita gordura animal que poderia ser comercializada". No capítulo    "Os dilaceradores de bebês", do mesmo livro, ao avaliar o cenário    internacional, os jornalistas ingleses publicam o testemunho de um médico    norte-americano abortista, Dr. Ridley, que aponta: "O 'racket' do aborto    tardio divide-se em duas partes. Uma consiste em fazer o aborto na fase final    da gravidez, mas conservar a criança viva, embora a mãe pense que ela morreu.    Mais tarde, a criança será vendida para adoção e nós ficamos com o lucro.    Algumas crianças são mandadas para serem adotadas na Inglaterra. Neste país há    falta de recém-nascidos para adoção, por causa da Lei do Aborto. A outra parte    vende os fetos para experiências. As crianças estão oficialmente mortas. Porém    são mantidas vivas, mas não são registradas oficialmente como tendo nascido.    Portanto, podem ser empregadas em toda espécie de experiências. Algumas delas    vivem por mais de um ano sem terem nascido oficialmente. Algumas são usadas    para testes de curas de doenças como o câncer, a leucemia e em cirurgia de    transplante". 4 
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   4    4    http://www.providaanapolis.org.br/abnazism.htm    
   O aborto e o    nazismo(há coincidência de pensamento entre os abortistas e os nazistas)    
   No clássico    livro "Bebês para queimar" (Babies for burning), os jornalistas ingleses    Michel Litchfield e Susan Kentish investigaram o que ocorria nas clínicas de    aborto de Londres, logo após sua legalização na Inglaterra (o "Abortion Act",    de 1967). Apresentavam-se como se fossem marido e mulher à procura de um    aborto e gravavam as conversas com os médicos. É elucidante a passagem    seguinte, que mostra a simpatia de um praticante de aborto pelas idéias    nazifascistas: 
   "A menos de um    quilômetro da 'Ladycare' há outro consultório de teste de gravidez. Este    funciona na própria residência de um farmacêutico.Na sala de espera há    prateleiras cheias de livros sobre o Nazismo, o Fascismo, seleção natural e    eutanásia. Havia seis livros intitulados: Fascism, The Oníy Way (Fascismo: A    Única Saída), três volumes intitulados: Hitler's Dream (O Sonho de Hitler).    Outros livros: The Importance of the Third Reich (A Importância do Terceiro    Reich), Mosley, The Man for Britain (Mosley' — O Homem para a Inglaterra), e    Fascists' Forum (O Fórum Fascista). 
   'Por favor,    queira escolher um livro para ler', disse o farmacêutico a Litchfield enquanto    levava Sue para a outra sala. 'Vai achá-los muito interessantes, cheios de    informações'. 
   Quando voltaram    para a sala de espera, Litchfield comentou: 'Não têm nada que me interesse.    São    todos sobre o Fascismo e sobre Hitler'. 
   'Não subestime    o Fascismo', disse com voz firme o perito em teste de gravidez. 'Lembre-se de    que a minha profissão tem muitas relações com a seleção racial e a eutanásia.    Este era o grande sonho e a sublime filosofia de Hitler.Neste setor de abortos    há uma corrente forte da qual participam muitos médicos, que acreditam no    dogma de Hitler. O aborto deu a algumas pessoas grande poder sobre a vida e    sobre a morte. Aguardamos o tempo em que a mãe terá o direito de matar o seu    filho até algumas horas depois do parto normal. Quando a criança nasce a mãe    deve ter a possibilidade de olhar bem para ela e ver se corresponde à sua    expectativa e resolver se ela deve continuar vivendo. Isto é o ideal, o sonho,    naturalmente. Mas ainda estamos muito longe do tempo em que a sociedade em seu    conjunto aceite uma coisa destas. Temos que ir muito devagar. 
   Se se dissesse    uma coisa destas logo no começo, quando entrou em vigor a Lei do Aborto, teria    havido protestos, o público teria ficado horrorizado. Temos que conquistar    nosso terreno centímetro por centímetro. O próximo passo será a eutanásia.    Estamos procurando controlar a duração da vida de modo que a pessoa morra    quando completar sessenta anos, para que a maioria da população tenha de vinte    a cinqüenta anos. A maior parte dos médicos adeptos do aborto e que o    praticam, com os quais estou em contato, são defensores desta causa. Os    médicos, na Alemanha, estavam muito à frente de Hitler: eram eles que forçavam    Adolph a experiências cada vez mais avançadas. Na Inglaterra foram os médicos    que promoveram o aborto. Viram no aborto o primeiro passo para as conquistas    mais radicais. Trata-se de uma questão de poder e de reforma do mundo'."    
   [LITCHFIELD,    Michael; KENTISH, Susan. Bebês para queimar: a indústria do aborto na    Inglaterra. 6.    ed. São Paulo, Paulinas, 1985, p. 52-54. Título original: Babies for burning:    the abortion business in Britain. O "copyright" é    de 1974.Os grifos não são do original)
   No clássico    livro "Bebês para queimar" (Babies for burning), os jornalistas ingleses    Michel Litchfield e Susan Kentish investigaram o que ocorria nas clínicas de    aborto de Londres, logo após sua legalização na Inglaterra (o "Abortion Act",    de 1967). Apresentavam-se como se fossem marido e mulher à procura de um    aborto e gravavam as conversas com os médicos. 
    
   De acordo com a    lei inglesa, os bebês abortados deveriam ser incinerados (daí o nome do    livro). Há uma gravação magnética, citada no livro, em que um médico    praticante de abortos, com um consultório na Harley Street, lamenta que a lei    obrigue a jogar fora tanta gordura comercializável e propõe um outro destino    aos cadáveres das crianças. É elucidante a passagem seguinte, que mostra a    simpatia dele pelas idéias de Hitler: 
    
   Muitos dos    bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem ainda um pouco, antes de    serem eliminados. Uma manhã havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando    como desesperados. Não tive tempo de matá-los ali na hora, porque tinha muito    o que fazer. Era uma pena jogá-los no incinerador, porque eles tinham muita    gordura animal que poderia ser comercializada. 
    
   Naquele ponto,    se tivessem sido colocados numa incubadora poderiam sobreviver, mas na minha    clínica eu não possuo essa espécie de facilidades. O nosso negócio é pôr fim a    vidas e não ajudá-las a começar. 
    
   Não sou uma    pessoa cruel. Sou realista. Se sou pago para fazer um trabalho e se o trabalho    é livrar uma mulher de um bebê, então não estaria desempenhando o meu papel se    deixasse que o bebê vivesse, embora o mantenha vivo cerca de meia hora. Tenho    alguns problemas com as enfermeiras. Muitas delas desmaiam no primeiro dia.    Temos sempre muita rotatividade em nosso pessoal. As alemãs muitas vezes são    boas. Não são uma raça de gente sentimental. As inglesas têm tendência – mas    nem sempre – a serem sentimentais. 
    
   Hitler pode ter    sido inimigo deste país, mas nem tudo a respeito de sua política era mau. Ele    tinha algumas idéias e filosofia muito progressistas. A seletividade da vida    sempre teve grande fascínio para certos elementos do mundo médico. Sempre    considerei a possibilidade da reprodução seletiva e da eliminação seletiva.    Mas isto é outro assunto... Desculpe aborrecê-lo com minhas teorias. Acho que    o Sr. me julga meio doido, não é? Se o sou, não sou o único. Muitos dos    ginecologistas, muitos mesmo, que fazem aborto em Londres e em outras partes    da Inglaterra, pensam da mesma maneira que eu. Mas devemos ser homens de    ciência e não homens de emoção. Devemos ver através do nevoeiro do    sentimentalismo. A vida humana é uma coisa que pode ser controlada,    condicionada e destruída como qualquer máquina [LITCHFIELD, Michael; KENTISH,    Susan. Bebês para queimar: a indústria do aborto na Inglaterra. 6. ed.    São    Paulo, Paulinas, 1985, p152-153. Título original: Babies for burning: the    abortion business in Britain. O "copyright" é    de 1974. Os grifos são nossos].
   Anápolis, 11 de    julho de 2004
   Pe. Luiz Carlos    Lodi da Cruz
   Presidente do    Pró-Vida de    Anápolis
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O jornal francês "Le Figaro" publicou em 27 de dezembro de 2006 sobre o    aumento no tráfico humano: http://www.genethique.org/revues/revues/2006/decembre/20061227.2.asp    : "Tráfico Humano: negócio lucrativo" e constata a escravidão dos novos    tempos: "Na Albânia, crianças são abandonadas ou concebidas para serem    vendidas mais tarde. Um relatório secreto compilado pela embaixada grega em    Tirana revela que 'elas são assassinadas para venderem seus órgãos'. Certas    pessoas apóiam este trafico, até pedindo para que seja legalizado, como um    cardiologista de Atenas. De acordo com ele, ' não entende porque as pessoas    mais pobres não deveriam fornecer para as necessidades dos mais ricos'. O    artigo também cita casos de pais que vendem seus filhos a famílias 'que não    conseguem ter filhos'. Na Grécia, onde a adoção privada é legal, mães de    aluguel têm sido presas". 
Totalmente inocente e sem possibilidades de se    defender, o feto ainda sente a dor de cada parte de seu corpo trucidado: junte    todos os abortos legalizados da Europa, com os dos EUA, Japão, China, Índia e    demais países, imagine, depois, o grito, sob a cortina do ventre da própria    mãe, que geme diante do oceano vermelho de sangue inocente que banha o    planeta. Existirá um grupo de excluídos da sociedade melhor representado do    que aqueles que tiveram sua vida suprimida na barriga de sua mãe, com o    consentimento dela e, muitas vezes, do pai, ou seja, daqueles que o geraram?    Não há maior exclusão do que aquela provocada pelo aborto: aversão da mãe, do    pai, de médicos, enfermeiros e técnicos co-responsáveis; exclusão da sociedade    que financia, pelos impostos, o crime nos centros de saúde públicos; ódio de    todos aqueles que lutam pela ideologia da liberdade de escolha de matar a    qualquer custo e não medem as conseqüências catastróficas que essas idéias    implicam. A partir dessa exclusão, surge ainda o mercado dos que lucram    vendendo o próprio filho, ou gerando-o até um certo momento em que ele lhe    dará uma recompensa maior por cada parte do corpo processada. A diminuição da    dignidade da vida desde a concepção, vista como mero objeto, reduzem o valor    inestimável do ser humano ao que, simplesmente, o dinheiro pode pagar.