Wednesday, August 23, 2006

As Esquerdas latino-americanas:
o ex-Montonero Kirchner

Quem chorará por ti, América Latina?
por Graça Salgueiro em 09 de junho de 2006
Resumo: Os ataques de criminosos na maior capital brasileira, as invasões e depredações promovidas no campo e nas cidades, e as cenas de vandalismo ocorridas na Câmara dos Dhtteputados em Brasília, nada mais são do que a concretização da “Guerra Social”, associada ao Foro de São Paulo, cuja existência continua ignorada pela mídia.© 2006 MidiaSemMascara.orgDesde o mês de março deste ano, as Forças Armadas da Argentina vêm sendo alvo de intrigas, denúncias, escândalos e perseguições por parte dos que comandam, do Ministério da Defesa e pelo próprio presidente da República, gerando grande tensão no país. Entretanto, para se compreender toda essa trama porque vêm passando os militares argentinos é necessário fazer um recuo no tempo, conhecer seus principais personagens, os objetivos e os cérebros por trás de tudo disso.Entre 28 e 29 de julho de 2002, na Universidade de Manta, Equador, teve lugar a primeira reunião coordenadora da “nova esquerda combativa”, com a participação daqueles que protagonizaram em todo o continente a “Guerra Revolucionária” que se desenvolveu nas décadas de sessenta e setenta. [http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=1256]Havia representantes de todo o mundo porém, as delegações latino-americanas eram maioria, sobretudo a da Argentina que foi eleita como um dos alvos principais das ações que hoje se evidenciam no país.Entre discursos apaixonados e repletos de homenagens aos comunistas mortos, havia uma preocupação em determinar as novas estratégias de ação futura. Os porta-vozes comunistas – incluindo os europeus – declararam que queriam manter a identidade ideológica mas que também aceitavam “mudar de nome” e atuar dentro de um contexto mais amplo, como integrantes da social-democracia, exatamente como sucede nos países europeus hoje.Como ponto de partida resolveu-se declarar o conceito guevarista do foquismo revolucionário superado, abandonar a criação de grandes “movimentos insurrecionais de massa” e, em seu lugar, acordou-se pôr em marcha a “Guerra Social”, sustentada nas generalizadas dificuldades sociais e econômicas. Durante as deliberações salientou-se que o nome que definia a nova estratégia era suficientemente neutro do ponto de vista ideológico para facilitar a convocação e ampliar as fileiras, inclusive das classes médias que são as mais afetadas.Foi observado, também, que não existem forças políticas de direita ou centro-direita suficientemente fortes para competir no plano eleitoral, sequer na mais simples das mobilizações, bem como com relação à mídia que após longo e árduo trabalho as esquerdas dominam amplamente, o que facilita a nova etapa no campo cultural.Destacou-se que o conceito de “Guerra Social” é simples, multi-setorial e pluri-social e que no campo da ação e em um primeiro passo, contribui para a formação de grandes “Frentes Urbanas” sob o lema de “opor-se ao modelo econômico”. Isto foi comprovado durante os eventos ocorridos em Seatle, Davos, Quebéc e mais recentemente, em princípios de 2006, na própria Argentina.Além das delegações dos Partidos Comunistas participaram em Manta o Partido Comunista Revolucionário (PCR) – que, desmembrado do PCA [Partido Comunista da Argentina], deu origem a diversos grupos subversivos que operam com relativa independência uns dos outros – e várias outras cabeças que operam uma no âmbito de direção e outras nas ações, mas são sempre os mesmos que atuam com nomes diferentes para dar a idéia de que são muitos. O mesmo observamos aqui no Brasil, com relação ao MST, MLST, Movimento dos Sem-Teto, Movimento dos Atingidos pelas Barragens, grupos de Quilombolas, etc., todos vinculados de algum modo ao PT e outros partidos comunistas.A lista de participantes incluía ainda a chamada Corrente Classista Combativa, liderada por Víctor de Genaro, que é a protagonista mais destacada dos movimentos de bloqueios de rua (“piqueteros”) da Grande Buenos Aires atualmente; o Movimento Pátria Libre (PL) de antiga trajetória extremista; Quebracho, reconhecido por sua violência de rua (outro bando “piquetero”); os Movimentos Camponeses de Chacao e Santiago del Estevo, vinculados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) do Brasil, que igualmente ocuparam o primeiro plano das deliberações equatorianas; o Movimento de Associações de Matanza; o Partido de la Liberación; os Fogoneros de Cutralcó; a União de Pequenos Produtores e Aspirantes à Terra, de Buenos Aires; o Partido dos Trabalhadores; o Movimento dos Sem-Teto argentino, que é conduzido por um “sacerdote” jesuíta de origem alemã e outros grupos similares.Entre os setores estrangeiros estavam os que integram o Foro de São Paulo, especialmente os zapatistas do México e o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, partido oficialista do presidente Lula, fundador do Foro junto com Fidel Castro, e os Montoneros, que reapareceram com cartazes dizendo apenas “Voltamos!”. Os gastos desse evento ficaram a cargo das FARC, da Colômbia, que demonstraram notável interesse pelo planejamento da nova estratégia revolucionária.Como âmbito geográfico eleito para uma primeira etapa da nova modalidade revolucionária elegeu-se inicialmente o Equador, o Peru e a Bolívia e num segundo momento, México, Argentina e Brasil.Em maio de 2003, o “ex” Montonero Néstor Kirchner vence as eleições à Presidência da Argentina com o apoio irrestrito do Foro de São Paulo. Para compor seu Ministério convida antigos companheiros pertencentes aos bandos terroristas Montonero e ERP, dando início ao desmonte das Forças Armadas e perseguição aos militares que na década de 70 e 80 combateram o terrorismo instalado no país, uma atitude nitidamente revanchista, vingativa e rancorosa.A política de Kirchner, toda baseada na nova doutrina dos “direitos humanos”, tem como Secretário de Direitos Humanos Eduardo Luis Duhalde, antigo guerrilheiro terrorista, acusado como um dos organizadores do MTP, célula homicida que em 1989 assassinou 11 soldados e mutilou outros 60 no ataque à La Tablada.Para o Ministério da Defesa Kirchner nomeia Nilda Garré, uma “ex” Montonera e cuja indicação é inequivocamente uma provocação, posto que ela é cunhada de um dos assassinos do General Pedro Eugenio Aramburu. Além disso, Nilda é amiga e companheira de Hugo Chávez, desde que foi embaixadora da Argentina em Caracas.No Comando do Exército, Kirchner indica o General Roberto Bendini que está sendo processado por “malversação de dinheiro público”, quando era chefe da Brigada Mecanizada na cidade de Río Gallegos, Santa Cruz, coincidentemente, a cidade natal de Kirchner e de onde ele foi Prefeito. Este general não conta com o respeito de seus comandados e tem demonstrado, desde que assumiu o comando, estar a serviço do Governo dos “montonazis” (com licença, Don Armando Ribas!) e não da Pátria.Como presidente do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), um organismo de Inteligência, foi designado Horácio Verbitsky, codinome “El Perro”, “ex” Montonero, cuja principal função na época foi a construção de um serviço de inteligência que facilitou atentados, assaltos, assassinatos e seqüestros por este bando terrorista. Como presidente do CELS Verbitsky é um dos mentores das tensões que a Argentina vive hoje, e o eixo de uma trama internacional urdida desde a Comissão Trilateral, o Diálogo Interamericano e o Foro de São Paulo, mantida por milionárias fundações estrangeiras como a Fundação Ford, por exemplo.As perseguições e retaliações começaram ano passado, quando o juiz Baltazar Garzón, da Espanha (que ganhou fama mundial no julgamento do ex-presidente chileno, general Augusto Pinochet), pedia a extradição de todos os militares combatentes da época da ditadura para serem julgados lá, e que contou com o apoio não só de Kirchner, como do Comandante do Exército general Roberto Bendini. Concomitantemente, Kirchner fecha a ESMA (Escola Superior de Mecânica da Armada) e cria em seu lugar o “museu da intolerância”, alegando ter sido naquele prédio onde se cometeram os atos mais bárbaros de prisão, tortura e morte dos “jovens idealistas que lutavam pela liberdade e democracia” na Argentina.Em seguida, por declarações contrárias ao governo o major Rafael Mercado é preso. Sua esposa, Cecilia Pando, resolve denunciar à imprensa tendo o caso grande repercussão e, como punição, o major Mercado é passado para a reserva.Dando continuidade aos planos, a Ministra Nilda Garré volta-se contra os Serviços de Inteligência argentinos, subordinados ao Ministério da Defesa. O Sistema de Inteligência Nacional que outrora era composto de cinco órgãos distintos, foi reduzido a apenas três: 1. Secretaria de Inteligência (SI ex SIDE); 2. Direção Nacional de Inteligência Criminal (DIC) e 3. Direção Nacional de Inteligência Estratégica Militar (DNIEM), que até então era ocupada por um militar, considerando que a ela estavam subordinados os Serviços de Inteligência das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Além disso, foi designado para dirigir este órgão Carlos Aníbal Aguiar, um funcionário civil que trabalhava na Chefatura II da Força Aérea exercendo simples funções administrativas internas. Apesar de se dizer defensor das Forças Armadas, Aníbal Aguiar vive constantemente na “caça às bruxas” preparando “fichas” de militares, cujos dados são recolhidos do CELS (dirigido por Verbitski) que dispõe de um “fundo reservado” de 20 milhões de pesos para financiar operações de ação psicológica através dos jornalistas Juan José Salinas (também um “ex” Montonero), Raúl Blanco, Ana Zabala, Alejandra Ghitia e Gabriela Gabastou, que são não apenas assessores em matéria de depuração no melhor estilo stalinista, como encarregados de armar operações na imprensa contra as Forças Armadas.Verbitski há tempo tinha a missão de desmantelar os aparatos de inteligência do Estado: fez com a Polícia Federal, com a da Província, marcando cada comissário que teria de tirar “à força” e assim fez com a Inteligência da Armada. Sob acusações de espionagem interna ocorrida na base aeronaval Almirante Zar contra políticos, jornalistas, o ex-Secretario de Assuntos Militares e a própria ministra Garré, o Serviço de Inteligência Naval (S.I.N.) foi fechado em 20 de março, num ato assinado pelo titular da Armada, almirante Jorge Godoy.Um dia antes do fechamento do S.I.N., o grupo de jornalistas que assessora Aníbal Aguiar, liderado por Salinas, esteve reunido na SOAW (School of Americas Watch), uma organização anti-Escola das Américas, para coordenar as atividades em nível local. Foi elaborado um documento onde se pretende efetuar buscas ao submarino alemão U-977, com o objetivo de novamente desprestigiar a Armada, através de uma suposta vinculação desta na proteção dos marinheiros nazistas que desembarcaram em território nacional, depois de escapar do afundamento do tal navio.Em 24 de março, durante a comemoração aos 30 anos da ditadura em ato ocorrido no Colégio Militar, Kirchner declarou a “inconstitucionalidade” das anistias, mas apenas as concedidas aos militares e pedia a anulação dos indultos concedidos pelo ex-presidente Carlos Menem. Assim disse Kirchner: “Talvez seja a hora de desarticular a rede de impunidade tecida através daqueles indultos” e lembrou que “alguns tribunais já declararam em casos concretos a sua inconstitucionalidade. A ministra Nilda Garré e o ministro do Interior, Aníbal Fernández, também foram favoráveis à derrogação dos indultos e afirmaram que cabe à Justiça alterar os processos que consideram “inconstitucionais os perdões que favoreceram os responsáveis pelo terrorismo de Estado da última ditadura”.Em abril de 2005, os integrantes da Sala I da Câmara Federal consideraram que “os delitos em questão não são suscetíveis de ser indultados nem anistiados, por tratar-se de crimes de lesa-humanidade”. Rodeado de ministros, vários governadores e centenas de participantes, Kirchner lamentou-se dizendo que “os verdadeiros donos desse modelo não sofreram castigo algum”, e pediu que a Justiça decrete a nulidade dos indultos aos militares outorgados por Menem em 1990.Durante a cerimônia foi descerrada uma placa com os nomes dos mortos da ditadura, com a seguinte inscrição: “Nunca mais golpe e terrorismo de Estado. Para sempre o respeito à Constituição Nacional. Verdade e Justiça. 1976-24 de março-2006. Ministério da Defesa”. Durante o descerramento Kirchner disse as seguintes palavras, numa ofensa à memória daqueles cujos nomes constavam na placa e que tombarem em cumprimento do dever: “Apesar das vítimas que perderam suas vidas na ditadura, foi a sociedade a principal destinatária da mensagem de terror generalizado imposto. Durante a ditadura, milhares de pessoas foram submetidas a seqüestros, torturas, mortes e desaparecimentos”, definindo-se como “um dos tantos jovens militantes que por aqueles anos se encontravam comprometidos com a Pátria”.Tal como aqui no Brasil e também no Chile, os verdadeiros responsáveis pelo terrorismo “clamam aos céus por justiça”, anulando da História todos os seus crimes, alguns hediondos, e imputando-os única e exclusivamente aos militares e demais Forças de Segurança que restabeleceram a ordem e a democracia nesses países.Em 12 de abril é fechado o Serviço de Inteligência da Força Aérea (SIFA). Em um comunicado, o Ministério da Defesa informa que a Chefatura do Estado Maior Geral da Força Aérea resolveu fechar os destacamentos Regionais de Inteligência “Litoral”, “Oeste”, “Sul”, “Córdoba” e Capital Federal. Do mesmo modo, a Chefatura II Inteligência, dependente da Força Aérea deverá, no término de 60 dias, estudar e propor tarefas, funções e estrutura orgânica das novas Unidades a serem criadas. Estas medidas foram decorrentes de uma ordem anterior da ministra Garré à Direção de Inteligência Estratégica Militar, para revisar os regulamentos, manuais e planos de inteligência em todos os seus níveis.Foram excluídas da doutrina das Forças Armadas as chamadas “novas ameaças” como o terrorismo ou sua união com o narcotráfico, vôos e pesca sem autorização. Com a nova Diretriz Militar, ainda aguardando aprovação, a Força Aérea não pode opor-se a nada que não seja um adversário estatal, ficando proibida de perseguir e/ou derrubar aviões do narcotráfico que penetram às dúzias por mês no país. A Armada tampouco estaria autorizada a capturar pesqueiros ou outro tipo de embarcação ilegal que penetre no mar argentino. Consta ainda o inventário de todos os imóveis castrenses para fins de venda, cujo dinheiro seria “destinado à modernização das Forças Armadas”.O revanchismo explícito e a observância às determinações dos orgãos comuno-terroristas como o Foro de São Paulo da ministra montonera Nilda Garré não pára por aí. Em uma visita à Escola de Aviação Militar, percorrendo os corredores da instituição, a ministra mandou retirar das paredes os retratos dos oficiais mortos na luta contra a subversão, ao que o diretor, o Chefe da Força Aérea, lhe respondeu: “A senhora defende os interesses dos Montoneros e eu, os dos camaradas mortos no cumprimento do dever!”.Ainda prosseguindo em sua cruzada anti-militarista, a ministra da Defesa determinou a desativação de todos os Liceus Militares, alegando a “desnecessidade” de estudos militares e que dentro da nova reforma, na formação de oficiais das Forças Armadas, deve-se dar mais ênfase às matérias “humanísticas”. Segundo Garré, “A idéia é priorizar o emprego jovem, o uso de quantidade de ferramentas e a aprendizagem de ofícios como torneiro, por exemplo”. Dentro deste projeto anti-militarista está a idéia de passar para a reserva todos os generais e coronéis – e chefes e oficiais das outras Forças com postos equivalentes, incluindo os de segurança e policiais que teriam participado na guerra anti-terrorista. Segundo o vice-ministro da Defesa e Secretário de Assuntos Militares, Luis Vázquez Ocampo (um civil, que é filho de uma “mãe da Praça de Maio”), esta vai ser “a reforma militar mais profunda que se possa imaginar. Não haverá mais viagens de estudo ao exterior, exceto à República da Venezuela”; e a própria ministra Nilda Garré informou que seu objetivo é criar “um Exército latino-americano chavista e anti-norte-americanista”.Ainda como obra da ministra Nilda Garré, saliento a forte repressão aos meios de comunicação que dão conhecimento ao público destes atos, como o site informativo SEPRIN (Serviço Privado de Informação), cujos boletins foram bloqueados ao acesso nos quartéis, ficando liberado apenas à alta oficialidade (generais e comandantes), o Urgente 24 e o jornal La Nación. Além disso, recentemente a voluntariosa Nilda ameaçou prender o diretor do SEPRIN, o jornalista Héctor Alderete, confiscar todo o material e equipamentos do site e tirá-lo do ar, como já ocorreu em várias ocasiões.Entretanto, os militares das três Forças, ativos e da reserva não se calam nem se acomodam diante de tanta afronta. Correm pelos quartéis panfletos e os Chefes dão total apoio à insubordinação de seus comandados contra o governo e às arbitrariedades da ministra da Defesa Nilda Garré. Isto ficou muito claro no evento ocorrido no último dia 24 de maio, Dia do Exército, em que militares da reserva e da ativa, civis parentes dos assassinados pelo terrorismo das décadas de 70 e 80, resolveram reverenciar seus mortos num grande ato na Praça San Martin que reuniu em torno de 12.000 pessoas.Estavam presentes o presidente Kirchner, a ministra Nilda Garré, o General Roberto Bendini dentre outras autoridades. Durante os discursos dos militares ou civis que homenageavam seus mortos a platéia se mantinha contrita e atenta. Entretanto, quando o presidente Kirchner começou a falar, vários militares fardados lhe deram as costas, formaram grupinhos e conversavam alegremente, e outros abandonaram o local em repúdio às prisões efetuadas contra seis oficiais por haverem participado de uma homenagem às vítimas da subversão.A “Associação de Familiares e Amigos dos Presos Políticos da Argentina” juntamente com agremiações militares, pretendem realizar no dia 9 de junho um ato de protesto em frente ao Edifício Libertador, onde se localizam o Ministério da Defesa e o Estado Maior Conjunto do Exército. Vários oficiais (capitães e majores) do Exército e seus correspondentes da Armada planejam pedir a passagem para a reserva em forma massiva, além de vários cadetes e aspirantes que pretendem abandonar as Forças Armadas, como uma forma de demonstrar seu repúdio ao desmonte e desmoralização que vêm sofrendo as Forças Armadas e de Segurança argentinas.A situação das Forças Armadas da Venezuela encontram-se do mesmo modo atravessando um período muito crítico, considerando que vários postos de comando estão hoje nas mãos de oficiais pertencentes ao G2 cubano. Aqueles que discordam da invasão de estranhos com ideologia comunista em suas fileiras sofrem perseguições, atentados (lembrem-se dos 8 soldados incendiados no Forte Mara por um oficial do G2 cubano, onde 3 deles faleceram), são passados para a reserva sem remuneração ou então, exilam-se em outros países para salvar a própria vida.Toda a estrutura militar na Venezuela, hoje, está baseada (e dominada) no modelo castro-comunista. No passado 2 de junho as comemorações ao 190º aniversário da abolição da escravatura decretado por Simón Bolívar ocorreram não na Venezuela mas em Havana, em que o general-de-divisão Melvin López Hidalgo esteve presente, junto aos membros do Comitê Central do PCC dentre outras autoridades. Na ocasião, López Hidalgo foi designado Professor Titular Adjunto do Centro de Estudos do Partido Comunista Cubano. Estiveram presentes ao evento além do representante da Venezuela, os embaixadores em Cuba do Panamá, México, Jamaica, Haiti, Equador e Argentina.E não é possível deixar de relacionar todas essas transformações ideológicas que vêm sofrendo as Forças Armadas da Argentina e Venezuela com as do Brasil, de modo particular o nosso Exército Brasileiro. Recentemente o Comandante do EB, em visita a uma guarnição em Bagé, Rio Grande do Sul, mesmo sem ser perguntado disse que a aproximação e condecoração à ministra da Casa Civil Dilma Roussef, uma “ex” terrorista, era saudável e necessária.O que estamos assistindo hoje no Brasil, com a rebelião e pânico causado pelos ataques no início de maio pelo bando narco-terrorista PCC que paralizaram São Paulo, a maior e mais rica capital brasileira, as invasões e depredações promovidas pelos Sem-Terra e Sem-Teto no campo e nas cidades brasileiras, e as cenas de vandalismo e barbárie ocorridas ontem na Câmara dos Deputados em Brasília que deixaram os parlamentares em pânico, nada mais são do que a concretização dos planos dessa “Guerra Social”, associada ao Foro de São Paulo, dos quais a mídia se recusa sistematicamente a sequer admitir a existência.Esses bandos que têm agido à margem da lei na Argentina, Venezuela e Brasil são os futuros “exércitos” da América Latina, por isso a intensificação dos desmontes, dos vexames, das humilhações e perseguições nada disfarçadas aos militares e Forças Armadas de nossos países. O caso do coronel reformado do Exército Brasileiro, Carlos Alberto Brilhante Ustra, é apenas um dentre tantos outros que ainda vamos assistir, enquanto não for definitivamente esmagada a cabeça da serpente comunista no continente latino-americano.Fonte de consuta: www.seprin.com Graça Salgueiro vem estudando o regime cubano e suas articulações com o processo socialista na América Latina, e a participação do regime de Havana na crescente cubanização e colombianização do Brasil.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home